sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Poema sem cabimento algum

Tenho um imenso corpo
Que não cabe no pensamento
O resto é carne e osso
Caveira exposta ao tempo
Não caibo na minha pele
Vez ou outra me arrebento
Eu caibo na palavra
Que palavra é vento.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

cep 55750...

Vou ficar no teu endereço,
Como placa de nome de rua
Na esquina que corta, severa,
O outro lado negro da tua.
Enviar-te um postal sem sentido
Tua imagem num camafeu
Num papel que se falasse diria
Que o envelope era meu.

domingo, 13 de novembro de 2011

ADeus

Meu coração pulsa pedidos
Todos eles de socorro
Num pulsar despercebido
Desses de quase morto
Uma contagem regressiva
10 gritos por minuto
Inocente de o céu ter ouvidos
E todos eles surdos.

domingo, 6 de novembro de 2011

Tri........im

Há uma coisa a dizer
Que não sei como
Acharam uma vida
(E ela não tem dono)
Liguei pra Deus
Pra satisfação
Me identifiquei
Ele disse: "não".

Poeminha secreto

As águas que te lavam
Molham o calor, o arrepio.
Dois olhos, tuas pernas
Tuas mãos delgadas, o corpo esguio:
A beleza da flor, a pele, a cor
Mar e rio.