domingo, 27 de julho de 2008

Mudança de endereço


Ao ir embora , queridinha, deixo-te um aviso:
Vou-me sem saber pra onde,não te preocupes comigo
Que o meu nome já se foi com o vento,meus beijos não mais tens
E levo somente na memória, o grande mal que me fizeste
Vou sem medo de ir embora,não sou mais tão inocente
Já era mais que na hora,acordei,ainda bem!
Pois precisas me ter mais amor, querida,e eu também.

quarta-feira, 23 de julho de 2008


oh,Preta quando a tardinha cai,bate aqui em mim
Mil gotinhas serenando,uma chuvinha sem fim
E o coração cá,bem quietinho,preta, te esperando voltar
E o peito aberto,suspirando, suspiros de um gostar
Que de longe já se vê,é só teu,sem duvidar
E onde tu fores,não te esqueças de lembrar
De guardar minha lembrança sempre,sempre em teu pensar
Que é pr'eu ter paz por aqui,minha pretinha
E pro teu coração se acostumar.
E se algum carinho te fizer falta e a tristeza te confundir
jogue a saudade fora,bote meu nome no bolso,Preta
pra não se esquecer de mim.

sábado, 19 de julho de 2008

..


Por amor não se faz tudo
Não se modifica pra aprazer ninguém
O amor por si só já é agrado
E nunca haverá de ser válido
Transformar-se por alguém.

O coração desconhece predicados
Não abusa do tempo a escolher
A verdade do amor é ser amado
E amar sem saber por que.

Pois,que saber já não é amar
O amor é incerto,duvidoso,ao Deus dará
É como uma manhã chuvosa
Sem a certeza se virá o Sol.
Mas, o amor precisa ser de dois
Como a cama e o lençol
Que faz sempre frio lá fora
E frio não é coisa que se sinta só.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Joivelina no bailinho do mará


No bailinho anual do mará
Eu ia cheio de pretensão
Pra ver Joivelina dançando
E aqueles dois quilos de melão
E um conjunto bem dotado
De corpo,roupa e sapato
E eu suando pela a mão.

Tinha umas pernas bonitas
Coisa mesmo que veneno
Me emociono aqui dizendo,
M'arrepio só de lembrar
E aquele cabelo bonito
Chega enfeitava o vestido
Dava até gosto de olhar.

E a moça sozinha
Danou o pau a dançar
O salão emudeceu
Parou tudo pra olhar
Aquele anjo comprido
E com aquele vestido
Ô danada, vou falar!

E foi uma euforia arretada
Nunca antes se viu
Uma moça respeitada
c'um dançar daquele feitio
Rodopiando pelo Mará
Se oferecendo pra ser par
De gente que nunca viu

E no dia depois do baile
Coitada de Joivelina
Lascou-se no cacete
Que sofreu da mãe Ardilina
Que não via outra solução
Que não fosse a correção
Na peste daquela menina.

Mas a loucura de joivelina
É coisa que vem de berço
E num havia quem fizesse
O mal mudar de endereço
A criatura trazia na cara
Uma safadeza sem par
como vagabundas nuas
Tomando banho de mar.

Hoje, oito de Julho
Dia tão comum assim
Vendo o tempo passar
Hora por hora,sem fim
E a chuva cai aqui fora
Parece molhar só a mim.

sexta-feira, 4 de julho de 2008


Chinelo velho no canto da sala,
um par de meias esquecidos sob a cama
Lençóis mexidos como ovo frito
corpo doído,como quem ama.

Luzinha quebrada,abajur jogado
Cortina velha,costurada
Com tanta coisa aqui no quarto,
Onde será que deixei minha alma?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Faz frio
E frio num é coisa que se sinta só