sexta-feira, 23 de maio de 2008

amanhã é Sábado : )


O Sol se pondo e vai chegando
O final da sexta-feira
Não se atormente, ô Maria
O Sol se vai, mas que besteira!
Quem me dera todo dia fosse final de sexta-feira
Pra pular no outro dia na varanda a noite inteira
Vai-se embora a tardinha, ô Maria, mas não chore não
Amanhã é Sábado, Maria minha
E caso ainda não saibas, tem samba no meu salão.

sexta-feira, 16 de maio de 2008


Sobre a mesa, calado,imóvel, havia um vaso.Não era um vaso chinês, nem era nada artesanal, num era nem pintado. Era puro, só o barro. Um barro rústico, com algumas flores feias.. murchas... Não quis questionar-embora vontade não faltasse- o motivo pelo qual aquele vaso me olhava, olhava insistentemente.Nunca tive muito gosto pra vasos, na verdade, eu nunca sequer observei aquele vaso de barro em cima da mesa. Mas, era de muita petulância, esparramado na minha mesa, com aquelas florzinhas. Cinco florzinhas.Eu lembro ter visto uma ou outra vez aquelas flores, alí pela sala,lírios cor-de-rosa, dava pra ver um quase morrendo entre seu pendúculo e o vidro da mesa. Mas o vaso, eu nunca havia notado antes. Nunca.
Deveria ser só um objeto, mas, nunca havia mexido tanto comigo a presença de um vaso. Juro que, desviava o rosto e tentava direcionar minha atenção a qualquer outro espaço da casa, mas, aquele vaso me atraía fortemente com aquele olhar misterioso. E ficou assim, durante toda a tarde. Chuva,vento,solidão,tristeza,aquele olhar incessante e eu aqui, sem entender aquele vaso.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Com tua permissão, tristeza

Quem diria,alegria
Que irias embora tão cedo?
Quem eras tu que não podias
Ver um chorinho, que morrias de medo
Prometeste de pé junto um dia
Nunca hei de esquecer:
"Vou viver aqui pra sempre
Até um dia morrer."
Mas foste tão mesquinha,
De até falsidade usar
Quebraste tua promessa
Foste embora sem despedida
Bastou isso pra tristeza se chegar.

Empresta teu colo, tristeza
Agora que estamos a sóis
Foi-se embora tudo o que eu tinha
Agora só restamos nós
O peso dos meus olhos d'água
E o vazio dos lençóis.
Vou apoiar minha cabeça
Deixa que eu faça abrigo
Pra juntamente contigo
Poder enfim descansar
E ficar até o fim de tarde
Pois, não tenho pr'onde ir
Não nego,
Deixe-me por aqui
Talvez eu encontre assim,
A paz que tanto espero.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Meu bem...

Ah, por que és tão inconstante
Por que vives tão distante, tão longe do meu querer?
Ah, meu bem, quão bom seria, se por um dia
Tu pudesses claramente entender...

Um menino, um menino veio me dizer
Que o vento soprava forte
Um pássaro veio do norte
Só pra me dizer...

Ai, como seria mais belo
Dois pares de chinelos
Coloridos, colorindo...
O Sol visto da varanda,
Um cheiro forte de manga
Um sorriso de manhã...

Mas, um menino, um menino veio me dizer
Que o vento soprava forte
Pássaro veio do Norte,
Só pra me dizer...

Ontem eu sonhei com a sorte,
Dentro de um longo pote
Cheio de algodão
E as notas de uma canção
Vinham fazer festa nas nuvens
Nas brechas de um coração...

E um menino, ah.. um menino veio me dizer