SOBRE O BLOG

"A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade. [...]"

Ao ler esse Manoel pela 15ª vez na vida, meu coração saltou da caixa. Depois de um salto mortal bem dado, graças a Deus consegui alcançá-lo! e pensando nas profundidades de nada que tenho aos montes, resolvi parir meu filho. O 1º. Cheio de vísceras profundas e vazias; um conjunto de cara, peito e alma vazios. E profundos como os açudes da Taperinha, como as cisternas do Gangungo, como o esquecimento, nasceu Desmemória em 2007 com 2 quilos e 200 gramas, numa tarde cinza de inverno. O resto é balela.