sábado, 24 de setembro de 2011

ADeus.

Não sou ferro, madeira, nem sou aço
Não cultivo a semente da razão
É de sangue e tristeza meu cordão
Meu destino é desenho de compasso
Sem começo nem fim é o meu passo
Circulando entre as curvas da aflição.

Já me canso no inicio da corrida
Imagino o fim que já me espera
Seja frio ou na luz da primavera
Me amolo no grito da partida
Lá fundo do corpo a alma grita:
“Anuncio o fim de minha era.”

O carrego que sustenta minha vida
Descarrega e a morte grita: “bravo!”
O ferrolho da porta ta no travo
Não me atendem, por mais que já bati
Só queria, agora, de centavo
Receber as alegrias que perdi.

sábado, 10 de setembro de 2011

Pianinho

oh, veja que a luz desabrochou
no peito de quem me amou, morena
no peito que já foi meu
Na saudade que bateu, morena
meu nome, e depois...
se perdeu.

oh, veja as luzes que à minha alma
iluminam
iluminam...
Seguem frias como rimas, morena
de um verso triste
que morreu.