sábado, 24 de setembro de 2011

ADeus.

Não sou ferro, madeira, nem sou aço
Não cultivo a semente da razão
É de sangue e tristeza meu cordão
Meu destino é desenho de compasso
Sem começo nem fim é o meu passo
Circulando entre as curvas da aflição.

Já me canso no inicio da corrida
Imagino o fim que já me espera
Seja frio ou na luz da primavera
Me amolo no grito da partida
Lá fundo do corpo a alma grita:
“Anuncio o fim de minha era.”

O carrego que sustenta minha vida
Descarrega e a morte grita: “bravo!”
O ferrolho da porta ta no travo
Não me atendem, por mais que já bati
Só queria, agora, de centavo
Receber as alegrias que perdi.

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