segunda-feira, 18 de agosto de 2008





O relógio lá da praça
Tece hora feito teia
E nunca é hora
Hora exata
Hora completa
hora e meia.
E os olhos giram
bem redondos
Banco por banco
Praça cheia
Qual funcionar
De um relógio
Gira em voltas
Não vadeia
Tantas pernas
Mãos e braços
Giram nervosos
Praça afora
gira o homem
O azul e o pardo
O céu cansado
A velha senhora
Giro eu,os carros
o menino deitado
mendigando esmola
vai girando tudo,todos
como um globo,volta inteira
E o relógio lá da praça
Tecendo a hora feito teia
Me perdi,e agora?
Já são nunca e meia.

Nenhum comentário: