terça-feira, 25 de outubro de 2011

Carta nº 4.000

Querida,
Lhe dedico um envelope
Com muito carinho e amor
Não repare as noticias vencidas
Nem os erros singelos que dou.
Uma folha adormece por anos
Com as letras, o detalhe,
O suor
Te escrevo e finjo que mando
Desmaio entre os papéis
E só.
Os dias são sempre contados
As linhas os enfeitam
Em vão
Por quantos amei e fui amado...
Ou decerto perdi a razão...
Esta
é uma carta de infinitos pecados
Remetente de sim para não
Que um extinto não merece agrado
Nem a luz divina do perdão.



Adeus, querida, adeus...

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