segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Despedida

Querido Leopardo
Me endereço a você
Mas hoje estou tão falido
Tão inflamado, que posso morrer
Toda manhã me nasce o dia
Como quem esfria
Mas que posso fazer?
Como pode do mar nascer chama
E uma brasa na água arder?
O vento passa ventando
Um coelho passa correndo
Um remo passa remando
Uma carne passa moendo
Diante disso eu nada tenho feito
vou-me embora lhe dizendo
Minha alma tomou veneno
Está só esperando o efeito.

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